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|| Evacuação de pessoas com mobilidade reduzida

Cinque Terre

Pessoas com necessidades especiais têm sido historicamente mal atendidas antes de um desastre. Como resultado, é necessário um esforço desproporcional para evacuá-los para um lugar melhor após o desastre.

Definições

Dentro de necessidades especiais, para evacuações focamos nas pessoas com necessidades funcionais, que são aquelas pessoas cujos membros podem ter necessidades adicionais antes, durante e após um incidente em áreas funcionais, incluindo, entre outros: manutenção da independência, comunicação, transporte, supervisão e assistência médica. Um acamado, cadeirante, ou pessoa que precisa da ajuda de andador ou muletas para se locomover, por exemplo.

Vamos pensar que existem dois tipos principais de eventos emergenciais de porte, aquele "evento com aviso prévio" como um furacão ou o rompimento de uma barragem, e aquele "sem aviso prévio" como um ataque terrorista ou queda de avião em área urbana).

Regra

Lembre-se que em uma emergência de grande porte, seguimos a seguinte regra:

Faça o melhor para a maioria das pessoas, da maneira mais rápida e segura possível.

Essa afirmação é um dos elementos básicos da maioria das minhas aulas de busca e salvamento. Parece mesquinho ou insensível dizer isto, mas gastar uma hora ajudando uma pessoa não é tão importante quanto gastar a mesma hora ajudando 4.

Problema

Então, qual é o meu ponto? É necessário fazer mais, de maneira informada, para evacuar pessoas com necessidades funcionais antes de um evento que podemos prever (emergência com aviso prévio), para que não precisem se recuperar de um desastre dentro de um cenário de desastre (uma absurda inconsistência, diga-se de passagem).

Eventos que requerem a remoção de pacientes sob cuidado médico ou pessoa com mobilidade reduzida precisam necessariamente serem pensados com antecedência. Um Plano de Emergência factível com um teste de mesa eficiente. Não tem como fugir dessa linha.

Vamos contextualizar para faciliatar a linha de raciocínio:

Em uma clínica de hemodiálise, em contexto de incêndio, como proceder uma evacuação de pacientes na máquina?

Diversas são as emergências que poderiam desencadear uma evacuação em ambiente hospitalar, como tremor de terra, atirador ativo, contaminação biológica, acidente aeroviário ou rodoviário, incêndio, explosão de gases na atmosfera... falando especificamente sobre incêndios, vamos utilizar os dados da Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro, presentes da edição 150, ano XX, da publicação Correio Hospitalar:

Observa-se com base nestes dados que o maior risco de incêndio está associado à cozinha, sendo assim, uma capacitação continuada eficiente, com um bom plano de resposta, reduziria cerca de 52% dos eventos de incêndio hospitalar (que já são raros).

Notamos uma pobreza palpável de material técnico e instrução a respeito de decisões de crise em eventos emergenciais em ambiente hospitalar. Quase nada se fala sobre decisão de abandono e como proceder, sendo os poucos comentários técnicos publicados observados na RDC 50/2002, no Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde da Anvisa de 2014 (que recomenda a NBR ISO 22301), na NBR 16.651 e NBR 15.219.

Seguindo os componentes do PDCA (Plan – Planejar; Do – Fazer; Check – Chegar; Act – Agir) propostos na ISO 22301, podemos estabelecer duas formas de seguir com a evacuação, se ela for realmente necessária, estabelecidas em ordem de prioridade para o caso de pacientes em hemodiálise durante um incêndio fora de controle:

1. Desligar a máquina, remover juntamente o paciente e a máquina até um local seguro dentro da unidade e retomar o processo de hemodiálise. Este procedimento é executado em dois, para que um operador ampare o paciente no caminho e outro conduza a máquina.

2. Desligar a máquina, remover a punção, executar curativo oclusivo recomendado pelo protocolo seguido para finalizar o procedimento de hemodiálise e amparar o paciente até o ponto de encontro para transferência para outra unidade para dar seguimento ou avaliar o quadro geral, algo que seria executado especificamente por um médico.

Após uma evacuação, mesmo que não tenha sido executado o abandono da unidade, todas as pessoas envolvidas somente retornam para o local de origem após liberação do comandante do incidente, que por prerrogativa legal sempre será o oficial bombeiro militar de maior patente no local.

Observa-se que o cenário ideal é não interromper o processo, algo que não é tão difícil de conseguir em ambiente hospitalar uma vez que as unidades são geralmente compartimentadas, com portas corta-fogo e controle de material de acabamento (CMAR) de acordo com instrução normativa do Corpo de Bombeiros Militar de cada Estado da Federação. No caso de um incêndio, recomenda-se que seja desligado imediatamente de forma manual o sistema de O2 e outros gases que houver no ambiente potencialmente exposto, visto que o risco de explosão é exponencial com estes sistemas operantes. Lembrando que no caso de pacientes em oxigenoterapia, estes recebem cuidado médico específico para serem transferidos do O2 do sistema para os obuses portáteis no processo de desligamento do sistema. Consegue imaginar a problemática? É abslutamente necessário um médico exclusivamente para tomar estas decisões em conjunto com a brigada e precisa haver uma sinergia tal que não haja conflitos de comando e o objetivo possa ser atingido com a maior brevidade possível.

Solução

Esses artigos geralmente terminam com uma solução, mas preciso dizer que uma resposta clara a esse dilema é um pouco ilusória.

Se um dos nossos clientes nos pedisse para ajudar a estruturar uma resposta, sempre começariamos definindo o objetivo primeiro. Nenhuma agência governamental, seja aqui ou outro país dirá que existe uma "perda aceitável", então suponho que o objetivo seja salvar todos o mais breve possível todas as vezes que se fizer necessário... até que eles vejam o preço.

Uma solução típica do governo é gastar mais dinheiro em uma emergência que ameace seus contribuintes, ou seja, pessoas, mas a maioria das árvores de dinheiro está secando por causa de eventos mal previstos ou imprevistos, que, no entanto, se encaixam como “emergências com aviso prévio”.

Portanto, uma medida seria reforçar as parcerias público/ privadas para cultivar e treinar os recursos comunitários existentes para intensificar durante um período de necessidade, sempre que necessário. Traduzindo: fomentar ma cultura forte de prevenção e preparo desde a base escolar.

Na prática

A única solução que realmente funciona é aquela em que cada empresa é responsável por si e pelos seus e tenha planos de emergências individuais, bem como recursos destinados para executá-los. 

Nosso conselho: busque profissionais qualificados que gerenciem emergências desde a previsão de mal tempo até a relocação de pessoal, para sua família e sua empresa. Barateia até o seguro e no caso de ter um familiar portador de necessidades especiais ou um colaborador PNE, é a diferença entre a vida e a morte.

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